Data
Quinta-feira 9 de Julho de 2015 às 20h30m
Local
Sala Minas Gerais
Rua Ten. Brito Melo, 1090 - Barro Preto,
Belo Horizonte, Minas Gerais,
30180-070,
Brazil
Tel: +55 (31) 3219-9000
Link
http://www.filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos/cohen-no-terceiro-de-rachmaninoff/
Descrição
Antonín Dvořák: Scherzo capriccioso, op. 66
Henri Dutilleux: Sinfonia nº 2, “Dupla”
Sergei Rachmaninoff: Concerto para piano nº 3 em ré menor, op. 30
Fabio Mechetti, regente
Arnaldo Cohen, piano
A partir dos anos 1880, a música de Dvorák começa a adquirir um caráter mais profundo, dramático e agressivo (seu estilo anterior era leve, marcado pela música nacional Boêmia e Morávia). O Scherzo capriccioso pertence a essa nova fase. Isso pode soar contraditório à primeira vista, já que o gênero é uma brincadeira musical. Mas não estamos lidando com um scherzo qualquer, e sim com um scherzo caprichoso. Nela, depois de uma introdução alegre e festiva, ouve-se uma valsa vienense com certo sabor melancólico. Depois temos uma melodia introspectiva no corne inglês (seguido pelos primeiros violinos e flautas), seguida por uma outra valsa vienense, leve no início e, aos poucos, extremamente dramática.
Dutilleux construiu sua Le Double a partir de uma divisão da orquestra em dois grupos instrumentais. O menor deles, com doze músicos, é separado do restante, formando um semi-círculo em torno do maestro. Essa divisão remete ao modelo barroco do Concerto Grosso; ou, ainda, a instrumentação do grupo menor poderia sugerir uma big-band jazzística. Os dois grupos unem-se, afrontam-se ou se sobrepõem em rico e complexo processo especular de polirritmia e de politonalidade. Jogo de espelhos: dois personagens em um só, sendo um o reflexo do outro — o sósia, o duplo, Le Double.
Comparado ao escalar do Himalaia, esta obra é uma empreitada reservada somente aos grandes pianistas que aprenderam a manejar o instrumento com absoluta economia e destreza. Em 1909, Rachmaninoff compôs o Concerto para piano nº 3 especialmente para sua primeira turnê nos Estados Unidos. Ele teve somente nove dias para ensaiar a dificílima parte solística, num teclado mudo, durante a travessia do Atlântico. A obra foi estreada no mesmo ano pela Sinfônica de Nova York, regida por Damrosch, e com Rachamaninoff como solista.
Programação (6)
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